Presidente de Israel acusa Irã de instigar violência em Gaza

20/11/2012 20:16

Fonte: G1 Mundo

Fumaça é vista após ataques aéreos de Israel na Faixa de Gaza nesta segunda-feira (19) (Foto: AP)

 

 

Shimon Peres disse que Irã incentiva palestinos a continuar com ataques.
Ele elogiou o presidente do Egito por papel durante a crise.

 O presidente de Israel, Shimon Peres, acusou o Irã nesta segunda-feira (19) de encorajar os palestinos a continuar com os ataques de foguetes a Israel ao invés de negociar um cessar-fogo, afirmando que "eles estão fora de si".

Ao mesmo tempo, Peres elogiou o presidente do Egito, Mohamed Mursi, pelo papel construtivo que desempenhou com a intensificação da crise.

"Desagradáveis são os iranianos. Eles estão tentando encorajar novamente o Hamas a continuar o tiroteio, o bombardeio, estão tentando enviar armas para eles", disse Peres em entrevista à CNN.

 teve escolha a não ser travar sua ofensiva contra o Hamas em Gaza, a despeito do aumento das mortes de civis, citando os, segundo ele, 1.200 mísseis lançados do território nos últimos seis dias.

"Em um minuto, se eles pararem de atirar, não haverá mortes", disse ele.

Ao destacar o Irã, Peres disse, "Não vamos entrar em guerra com o Irã, mas estamos tentando evitar o carregamento de mísseis de longo alcance que o Irã está enviando ao Hamas."

 "O Irã é um problema, um problema mundial, não apenas como um perigo nuclear, mas também como um centro de terror mundial".

"Eles financiam, treinam, enviam armas, incitam, nenhuma responsabilidade, nenhuma consideração moral", disse Peres.

Questionado se uma guerra terrestre em Gaza era inevitável, Peres disse que ele tem esperança que haverá um cessar fogo.

 "As negociações continuam. É difícil para todas as partes, mas não terminaram e a melhor opção para todos nós é parar de atirar", disse ele.

"As negociações continuam. É difícil para todas as partes, mas não terminaram e a melhor opção para todos nós é parar de atirar", disse ele.

Como começou?
No dia 14 de novembro, uma operação militar israelense matou o chefe do braço militar do grupo Hamas na Faixa de Gaza, Ahmed Jaabali. Segundo testemunhas, ele dirigia seu carro quando o veículo explodiu. Seu guarda-costas também morreu.

Israel afirma que Jaabali era o responsável pela atividade "terrorista" do Hamas - movimento islâmico que controla Gaza - durante a última década. Após a morte, pedidos imediatos por vingança foram transmitidos na rádio do Hamas e grupos militantes menores alertaram que iriam retaliar. "Israel declarou guerra em Gaza e eles irão carregar a responsabilidade pelas consequências", disse a Jihad Islâmica.

No dia seguinte à morte de Jaabali, foguetes disparados de Gaza mataram três civis israelenses, aumentando a tensão e ampliando o revide aéreo de Israel - que não descarta uma operação por terra. Os bombardeios dos últimos dias, que já atingiram a sede do governo do Hamas na operação chamada de "Pilar defensivo", são a mais intensa ofensiva contra Gaza desde a invasão realizada há quatro anos na região, que deixou 1.400 palestinos mortos e 13 israelenses.

Acredita-se que a metade dos mortos sejam civis, o que desperta críticas à ação de Israel. O país alega que os membros do Hamas se escondem entre a população civil.