As Brigadas de Ezzedin al-Qassam, braço armado do Hamas, informaram nesta sexta-feira que seus milicianos conseguiram derrubar um avião de guerra israelense que sobrevoava Gaza, atingindo-o com um míssil terra-ar.

"Nossos milicianos estão buscando os destroços do avião de guerra, enquanto a ocupação (Israel) está intensificando seu poder de fogo para impedir os milicianos de recolher o que restou do avião", diz o comunicado. Ativistas do movimento islamita estão transmitindo a notícia através dos alto-falantes das mesquitas ao longo de toda a Faixa de Gaza.

O exército de Israel negou nesta sexta-feira que o braço armado do Hamas tenha derrubado com um míssil terra-ar um de seus aviões que sobrevoavam a Faixa de Gaza.

A notícia ocorre no meio de uma nova onda de violência entre o exército de Israel e as milícias de Gaza, que começou na quarta-feira após Israel assassinar, em um ataque seletivo, o chefe do braço armado do Hamas, Ahmed Jaabari.

Os bombardeios maciços na Faixa de Gaza e o lançamento de vários foguetes em direção a várias cidades israelenses (incluindo as cercanias de Jerusalém e Tel Aviv) elevaram nesta sexta-feira a 22 o número de palestinos mortos, segundo fontes médicas em Gaza, aos quais se somam as mortes de três civis israelenses ontem.

O porta-voz do Ministério da Saúde do governo do Hamas na faixa, Ashraf al Qedra, declarou à imprensa local que 22 palestinos morreram e outros 250 ficaram feridos desde o início da operação israelense, denominada "Pilar Defensivo".

As Brigadas de Ezzedin al-Qassam, braço armado do Hamas, confirmaram em vários comunicados que desde então lançaram mais de 600 foguetes, um dos quais caiu nesta sexta-feira nas cercanias de Jerusalém e outros dois no mar na região de Tel Aviv nas últimas 48 horas. O Exército israelense bombardeou o mesmo número de pontos (600) na Faixa de Gaza.